gravity of love :~

Amem, crianças! Amem mais, amem tudo, amem sempre. Usem toda a energia que tiverem única e exclusivamente para o amor. Não há nada – repito: nada – mais importante nessa vida do que o amor.

Tudo nessa vida precisa de amor. Precisa amar e precisa ser amada. Tudo, tenham certeza disso.

E nada nessa vida pode ser construído sem amor. Nada que realmente dure e que realmente seja bom.

Não tenham medo do amor e do que ele pode lhe trazer. Pode ser que você sofra sim, pode ser que ‘no fim’ [que nunca é, de fato, o fim] nada dê certo e tudo pareça ter sido em vão, mas todo o amor que existiu ali deixará marcas em você, mudará você, preparará você pra o que quer que seja que venha pela frente.

Ame com intensidade, sem se preocupar com a durabilidade. O amor nunca acaba. O que acaba é a nossa paciência, as oportunidades, a paixão – porque essa sim é fogo, que quanto mais intenso mais efêmero é. O que acaba é a felicidade e a capacidade de se manter satisfeito com aquele mesmo amor de antes, porque nós precisamos de mudanças, temos sede e fome de mudanças.

Dê amor às pessoas e às coisas. O prazer de amar é inexprimível e incomparável, só superado pelo prazer de ser amado; e só podemos esperar receber amor daqueles que não têm medo de amar.

Não tenhamos medo, pois!

- reflita



Musiquinha que me ajudou a escrever:


Always changing;

Tem dias em que a gente acorda com uma vontade quase incontrolável de mudar os móveis de lugar, arrancar tudo dos armários e jogar fora, mudar a decoração, comprar roupas novas, mudas tudo a sua volta e tudo dentro de você.

Alguns dias atrás eu acordei assim, querendo mudar radicalmente e pra melhor [Porque toda mudança, a meu ver, é algo bom. Mesmo que, a curto prazo, não pareça]!

Percebi que não estava sendo eu mesma, que não estava me satisfazendo por completo. Notei a quantidade de coisas no mundo que eu estava perdendo ficando parada e olhando a vida passar... Existe muita coisa por aí e eu quero aproveitar a maior parte delas. Quero me fazer feliz, e quero parar de esperar que alguém o faça por mim.

Acordei e olhei pro meu quarto e comecei a planejar o que mudaria ali. Depois de umas horas eu percebi que, mesmo fazendo os tais planos, aquela vontade intensa de mudar não passava. E então eu percebi que algo dentro de mim queria mudar também: Eu queria ser mais livre, queria viajar, conhecer pessoas e lugares, quebrar mais regras, fazer tudo que eu tenho vontade, beber, fumar, ver o sol nascer, acordar sem saber onde estou, sei lá! Qualquer coisa, por mais ridícula, simples ou radical que ela pareça, o fato é que eu quero, daqui por diante, me fazer inteiramente feliz e ter sempre em mente que “Bom é quando faz mal!”.

Mudar de casa, mudar a decoração do quarto, mudar as roupas, mudar as bandas preferidas, mudas os amores, mudar as atitudes de sempre, mudar a bebida de sempre, mudar o cabelo, mudar a cor das unhas, mudar os passatempos, mudar os amigos. Isso me satisfez, isso alimentou algo que há alguns dias eu nem sabia muito bem que sentia...

Não é de hoje que eu sinto uma vontade de não-sei-o-que, que eu sei que quero fazer algo, mas não sei o que é... E faz algum tempo que eu ando me deixando mais livre, pra percorrer os caminhos que quiser e da forma que quiser.

De agora em diante, faço diariamente roteiros diferentes. Todo o fim de semana tem que sempre acabar muito bem e de preferência ser mais divertido que o anterior. Viajarei e conhecerei pessoas. Gastarei meu tempo com coisas e pessoas que me façam bem. Deixarei meu coração se apegar a quem ele bem entender, e me sentirei bem com isso, seja lá o que for. Vou beber quando quiser, sair quando quiser e vou sempre acabar feliz, porque eu sei que todos os meus dias serão diferentes e serão bons, por mais que não pareçam, e sei que não estarei sozinha.

É, surtei mesmo. Pode me chamar de adolescente-louca-depravada-perdida-na-vida, eu sei que sua mente é fechada o suficiente pra não perceber que, na verdade, você também gostaria de se dar a mesma liberdade que eu estou me dando – o melhor presente que eu poderia receber, aliás.

Cansei de ficar me segurando por medo do que “tal pessoa” pode achar de mim, de pensar antes de fazer e acabar não fazendo, de beber menos pra não perder o controle, dançar menos pra não chamar atenção. E cansei também de tentar mudar isso, chegar à minha casa, deitar e chorar a madrugada toda por sentir culpa: eu estou mudando, estou assumindo essa mudança e tudo que ela pode me custar, porque é algo sincero e verdadeiro. Não vou perder meu bom senso, não vou perder a [muito] boa educação que tive, não vou perder tudo que aprendi até hoje com a vida, mas vou ser feliz. É só o que eu quero – eu e todas as pessoas do mundo!


[DESABAFO MODE ON]


Minha mãe sempre diz: “Se quer que algo mude, mude você mesma primeiro!”,

ou o bom e velho (e mal interpretado): “Os incomodados que se mudem!”

Need anything at all;

O imediatismo dos jovens vem da consciência [inconsciente[?], na maior parte dos casos] de que estamos na idade em que tudo vai mudar. O tempo todo tudo vai mudar, sempre, sem parar, até que finalmente você ache o seu “encaixe” na vida e se estabilize em um caminho [exatamente assim, desesperadamente urgente e instável]. A gente não quer, instintivamente, perder a chance de conhecer o maior número de coisas diferentes que nos for possível enquanto ainda podemos; é perfeitamente normal, aceitável, compreensível e desejável agir assim.

Claro que também não é tão simples assim. Existem os limites, existem as condições, existe uma série de variáveis. Mas, essencialmente, o sentimento que se tem quando se perde algo novo [não exatamente novo, quando se perde alguma coisa] é extremamente frustrante.

As coisas estão mudando, e perder uma oportunidade agora pode querer dizer que você jamais terá chance de repetir ou de experimentar aquilo na sua vida. Não que algo seja definitivo agora. Pelo contrário, nada é pra sempre na fase da vida em que nós estamos... Mas, a qualquer momento isso também pode mudar, e ninguém vai querer passar o resto da vida se lamentando por não ter feito algo, ou tendo vontade de fazer algo que já não está mais ao seu alcance ou mesmo viver a vida toda sem ter passado por uma experiência que pode parecer boba, mas poderia ter adicionado algo a sua vida. Bom, você nunca vai saber se não tentar, certo?

E, não é nem pelo arrependimento. É simplesmente por termos um desejo instintivo [ou quase isso] de “ser” todas as coisas possíveis no menor tempo possível, pra poder ser a melhor coisa possível quando não se puder mais mudar. Ou de simplesmente satisfazer todas as curiosidades e todos os desejos que o seu ser for capaz de sentir [levando sempre em consideração as variáveis].

Alguém me disse, depois de ler isso: "Fiquei com a impressão de que você ta fazendo uma 'apologia à putaria' nesse texto". Não, não estou falando sobre adolescentes impulsivos e inconseqüentes, estou falando aqui sobre pessoas que fazem aquilo que querem fazer. Estou falando daquela pessoa que quando quer ficar com alguém e pode fazer isso, vai lá e fica, sem frescura [sem pensar 'ai, e se eu me apegar?', 'ai, e se eu sofrer']. Estou falando do tipo de gente que sabe entender e realizar os seus desejos mais profundos e mais puros. É esse tipo de gente que eu sou e que eu quero perto de mim.



O título provém desta belíssima canção:


Como dizia e saudoso Nero...

Inteligência é um inconveniente. Ta certo, é ótimo entender as coisas, se adaptar rapidamente, saber mais e mais. O problema não está aí, obviamente; o problema está em você conseguir acabar com a graça de tudo na vida, você automática e instintivamente destrói toda mágica de qualquer situação (salvo raras exceções em que eu consigo “deixar a cena bonitinha rolar”).

Saber que a paixão é uma reação química, que o sexo deforma o seu organismo por alguns minutos, que achar alguém bonito ou não pode ser influenciado pelas reações química que acontecem quando você sente algo por alguém, saber que “mágica” não existe e mais um sem-número de coisas acaba com a brilho de certos momentos. E, algumas vezes é impossível não lembrar que você sabe como e porque as coisas funcionam. Isso é realmente um inconveniente muito grande; nessas horas a gente entende aquela máxima: “A ignorância é uma bênção!”.

Ainda assim, saber é sempre melhor que não saber [em se tratando de seja lá o que for, é sempre melhor]. Tudo tem seu preço, é fato. Desde que eu sempre me lembre de outra máxima, aquela: “Tudo que é de mais faz mal” acho que posso ainda ver algum brilho nas coisas, ainda que por pouco tempo. O que é preciso, pra tornar isso mais fácil, é alguém que me diga ou me mostre algo que brilhe pra que eu possa conseguir não apagar esse brilho.

Ah, parece bobagem, criancice, mas tu hás de ver o quando essas magias lhe farão falta em algum tempo! Há de ver sim! Agora, só me falta alguém pra fazer isso. E quem é que há de querer me fazer sorrir nesse mundo, meu Deus?! (Sorry, ando melodramática =X).

O fato é que o mundo fica mais bonito se nós não soubermos como ele funciona de verdade. Talvez seja por isso que a maior parte das pessoas nem se preocupe em saber esse tipo de coisa [ja ouvi muitas vezes gente dizer "Ah, ta bom assim... Pra que vou querer saber isso?"]. Eu sempre achei um absurdo essa atitude, de não se interessar por tudo, de não ter fome de conhecimento, de não querer saber a verdade suprema de todas as coisas e de não querer estudar o bastante pra poder entendê-la. Mas, de fato hoje eu entendo esse tipo de gente... O mundo é realmente mais bonito se olhado só "na casca", se visto "com o coração".

E, além de mais bonito, ele é mais fácil também. Mais simples de se entender e de se viver. É mais fácil eu simplesmente colocar o nescau no copo e esperar juntar um dedo de chocolate no fundo do que eu saber que se colocar mais átomos de "nescau" do que meu leite é capaz de desmembrar e envolver eu vou ter pó molhado no fundo do copo... Não tem mais a graça de ficar tentando pegar o nescau no fundo do copo quando acaba o leite! [Vai, todo mundo faz isso quando é criança haushduasudhashdsa].

Agora, olhe no espelho e se pergunte: "Queres um mundo belo ou um mundo verdadeiro?". Pra mim, é a mesma coisa que perguntar se você gostaria que seu namorado te contasse caso te traísse: É melhor saber a verdade e nunca mais conseguir confiar nele ou é melhor continuar com a pessoa de quem você tanto gosta sem saber de nada? Você quer se sentir bem ou quer se sentir real? Prefere a verdade nua e crua ou o "mundo da imaginação" [Ok, não precisamos ser tão radicais. Não quero falar aqui sobre inteligência subre-humana e ignorância total. Existe o meio termo, uma linha tênue que separa as duas coisas... A questão é: De que lado da linha você prefere estar (sem se importar com quão perto da fronteira você está)?].

Eu fiz isso, e a resposta foi algo como "Não posso estar exatamente em cima dessa linha?". Quase imediatamente eu respondi de novo: Não! Não da pra estar entre as duas coisas ao mesmo tempo; em algumas situações você vai ser obrigado a "pular" pra um dos dois lados, e em outras vai ser obrigado a se distanciar muito dessa fronteira (no meu caso, sempre tento me distanciar pro lado da Razão). E, depois disso, a resposta para aquela pergunta anterior ficou óbvia: Há de aprender a escolher pra qual dos dois lados tu hás de pular em cada momento da tua vida. Para as coisas do coração, os olhos do coração; para os assuntos da razão, os olhos da razão. Simples assim! =)

Do what you feel; feel until the end.

Uma vez minha mãe contou que quando ela era mais nova, mais ou menos na minha idade, ela conheceu um cara depois de terminar um namoro longo. Esse cara que ela conheceu a fez sentir algo estranho, com o qual nós não estamos acostumados e, por tanto, não sabemos nomear. Era diferente e era intenso, como se os dois tivesse que ficar juntos, faziam parte um do outro; o ar não era o mesmo quando eles não estavam perto um do outro e mais um monte de coisas gays que eu posso citar. O fato é que algo dentro dela dizia que ela tinha que ficar com ele, e algo dentro dele dizia que ele tinha que ficar com ela; era um fato inegável, simplesmente era assim.

Mas, como toda pessoa que tem medo do que sente, ela não quis se entregar àquilo. Tinha acabado de terminar um relacionamento complicado, não queria mais um por mais que aquilo parecesse perfeito e certo...

Os dois se afastaram. Ele começou a namorar uma mulher que não combinava com ele, ela encontrou um homem que não tinha nada do que ela procurava em alguém. Ele se casou, ela se mudou de cidade, e nunca mais se viram, deixaram que aquilo que eles sentiam um pelo outro morresse ou se afogasse dentro de cada um deles.

Uns trinta anos depois ela se lembra dessa história, e com os olhos cheios de lágrimas diz que se pudesse voltar atrás teria ficado com ele, porque ela tinha certeza absoluta de que ele era o homem certo pra ela e ela a mulher certa pra ele. Ela tinha certeza absoluta de que teria dado certo, mas agora é tarde de mais...

As histórias se repetem (com algumas modificações, é claro). O ciclo continua, por mais que eu não queira ver essa história se repetir.



Sim, essa história se trata daquilo que os românticos chamam de “almas gêmeas”. Eu sempre pensei que fosse besteira, mas depois que você sente algo que só pode ser interpretado dessa maneira boba e emocional você percebe que isso pode existir, afinal.

Mas, se trata também do medo covarde que nos faz perder grandes oportunidades na vida, que não nos deixa arriscar.

Eu sempre preguei que nós devemos fazer tudo o que pudermos e tudo o que quisermos, para que se der errado possamos dizer “Eu tenho certeza que fiz tudo que poderia ter feito”. Acho burrice alguém desistir de algo que quer e que sabe que pode ter só por medo, covardia, insegurança... No fim essa pessoa só poderá se perguntar “Se eu tivesse tentado, o que teria acontecido?”.

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Meus suaves delírios!

Era uma daquelas tardes bonitas, com o céu bem azul e sem nuvens, o sol brilhando forte. Eu estava caminhando distraidamente pelas ruas da parte antiga da cidade; conhecia bem aquele lugar e gostava de ficar por ali quando não tinha mais nada pra fazer, mas eu nunca reparava muito nas casas ou nas pessoas por estar sempre perdida em pensamentos.

Em uma dessas ruas, cheia de arvores e de um ar fresco incrivelmente tranqüilizante eu resolvi andar mais de vagar, talvez pra poder aproveitar melhor o momento.

Depois de alguns passos eu comecei a ouvir uma música suave. No começo eu pensei que toda aquela atmosfera de paz havia me embriagado a ponto de eu estar delirando, ouvindo músicas vindas de Deus sabe onde, mas depois de prestar um pouco de atenção às notas eu notei que elas vinham da varanda de uma casa verde na outra calçada. Então, resolvi atravessar a rua para poder ouvir melhor. A melodia se encaixava perfeitamente a toda aquela sensação boa que a rua me trazia.

Agora eu podia ouvir melhor, e podia ver melhor também. Havia um senhor sentado na varanda com um violão nas pernas, dedilhando delicadamente com os olhos fechados como se estivesse em transe. Pela expressão no seu rosto eu tive a impressão de que toda a atmosfera tranqüila que eu sentia pela rua saia dele e da música que ele tocava, e retornava a ele ainda mais tranqüila e intensa.

Automaticamente eu me aproximei do portão da casa, de onde eu podia ver melhor o homem que tocava. Era um portão baixo de ferro pintado de branco, ficava na altura da minha cintura e deixava o caminho dos meus olhos livre até onde o homem estava sentado.

Fiquei lá parada não sei quanto tempo, hipnotizada pelo dedilhado ágil e a música suave. Aparentemente ele não havia percebido minha presença, o que me fez ficar mais à vontade para deixar meus pensamentos serem guiados pelas notas, como ele parecia estar fazendo.

Sem que eu percebesse a música foi tomando conta não só dos meus pensamentos, mas de todo meu corpo e de todos os meus sentidos até que eu não ouvisse ou sentisse mais nada, apenas aquela música. E cada nota me levava para um lugar diferente, com cores e texturas diferentes; hora eu estava no fundo do mar, nadando livremente e sentindo a água fria na minha pele, hora estava no céu voando e sentindo o vento em meus cabelos. Todas as sensações muito intensas e rápidas. Se eu pudesse permanecer ali pelo resto dos meus dias eu o faria e foi exatamente esse pensamento que me trouxe de volta, me lembrando de todas as preocupações do di-a-dia, do homem sentado a minha frente, do caminho que eu ainda tinha de percorrer...

Quando abri meus olhos estava ainda de pé, na frente do portão da casa verde, no meio da rua em que eu estava caminhando. O homem havia parado de tocar e estava ainda sentado olhando pra mim com uma expressão indecifrável. Assustei-me. De repente estava com vergonha por ter aparecido ali do nada e ter ficado sabe Deus quanto tempo ali parada mergulhada dentro em mim mesma pela música.

Quando quis me virar pra sair dali o homem abriu um sorriso, tão satisfeito e tão hospitaleiro que eu mais uma vez não tive coragem de me mover. Só o que consegui fazer foi retribuir o sorriso, meio sem jeito.

Ele abaixou a cabeça, se levantou e entrou na casa. Quando ouvi o barulho da chave trancando a porta, relaxei e consegui me virar e seguir meu caminho, me perdendo em pensamentos mais uma vez.

A partir dali, segui normalmente até minha casa, como fazia sempre. Sem reparar muito bem nas coisas à minha volta, perdida em mim, apenas refletindo... Mas, naquela tarde, depois de ouvir aquela música (que eu não sabia bem havia mesmo sido música, ou que diabos havia sido aquilo tudo), algo mudou em mim. Eu parecia mais leve, mais alegre. Meus pensamentos pareciam fluir mais facilmente, as soluções surgiam com mais facilidade, tudo parecia mais suave dentro e fora de mim; dos meus pensamentos aos meus pés tocando a calçada.

Minhas caminhadas por aquelas ruas nunca mais foram as mesmas. Foram melhores, cada vez melhores, cada vez mais aproveitáveis. Passei a por mais atenção à minha volta quando passava por lá, pra ver se por sorte encontrava outro músico que me levasse ao mais profundo de mim mesma, ou simplesmente pra apreciar mais intensamente a curiosa paisagem daquela parte da cidade.

Algumas vezes tentei voltar àquela rua, àquela casa. Tentei ouvir mais uma vez aquela música. Mas, ou a rua mudou de lugar, ou o senhor não está mais lá ou então, minha gente, foi tudo um grande sonho... Apenas mais uma parte, a mais profunda delas, dos meus mergulhos em mim mesma!


Comecei a escrever há algum tempo. Terminei hoje (agora, pra ser bem exata)

Achei um "conto" interessante... Não sei se vão gostar ou entender um pouco do que eu tentei colocar aí, se é que eu tentei colocar algo. O fato é que as palavras e as cenas simplesmente foram saindo, como acontece quase sempre que eu quero escrever algo...

Well... I hope you enjoy! ;)

Love is Free!

Ahhh, a vida seria mais bonita se nós deixássemos de nos preocupar com os gostos alheios! Ainda hoje em dia o homossexualismo é visto como uma anomalia, uma doença. Um absurdo ainda pensarem assim.

Relações homossexuais existem desde, sei lá... Desde sempre, por assim dizer. O ser humano sempre conviveu com a possibilidade de se relacionar com homens e mulheres, seja ele um homem ou uma mulher.

Às vezes eu fico pensando “Quem é que foi que inventou essa de que homem só por fazer sexo com mulher e mulher só pode fazer sexo com homem? Que mulher só pode casar com homem, e homem só pode casar com mulher? Enfim, quem inventou que o amor só pode existir entre duas pessoas de sexos opostos?”

Não me venham dizer que estou defendendo a causa por que faço parte dela, porque minha opção sexual não lhes diz respeito e eu defendo aquilo em que acredito, faça parte disso ou não, por favor! E, sinceramente, eu não acho que haja causa alguma, não vejo nada de abominável, odiável, estranho, sujo, baixo em uma relação entre pessoas do mesmo sexo, assim como não vejo em pessoas de sexos opostos.

Nada, e repito, nada impede que se mantenha relações (sexuais, amorosas, afetivas, fraternais) com pessoas de ambos os sexos. Não machuca, não da choque, não acontece nada de ruim... Pode ser contra o darwinismo, mas nosso planeta já tem gente de mais de qualquer forma.

Aliás, li alguém dizendo que o homossexualismo pode ser explicado como uma manobra instintiva pra conter e superpopulação do nosso planeta. É meio óbvio que daqui alguns tempos não vai mais haver lugar pra uma mosca pousar na Terra. Achei bem interessante esse ponto de vista, porque faz sentido: Instintivamente nós sabemos que o mundo está populoso de mais, então procuramos relações que satisfaçam nossas carências emocionais, mas que não gerem filhos. Claro que nem todo mundo vai virar gay, mas nos últimos tempos tenho visto muito mais homossexuais e bissexuais por aí.

E nada de dizer “Deus fez o homem e a mulher para que se amassem...”. Não quero saber a opinião do cristianismo sobre o assunto, porque as respostas pra todas aquelas minhas perguntas citadas mais a cima cheiram e muito à Igreja. Podem dizer o que quiserem, nada tira da minha cabeça que não existe nada no mundo que impeça relações entre pessoas do mesmo sexo, nada impede que nos apaixonemos por pessoas do mesmo sexo (não estou falando só de atração física, é claro).

Não existe uma barreira pra isso, assim como não existe uma barreira que nos impeça de manter relações (sexuais, amorosas, afetivas, fraternais, chamem como quiser) com pessoas da mesma família. Outro assunto bem delicado. Não digo que sou a favor do incesto, que apoio e acho um máximo, não é tão simples assim.

Aliás, as coisas que envolvem sentimentos e relações entre humanos nunca são simples, nunca são matemáticas (seria bom se fosse 8D). O que impede que dois meio-irmãos se apaixonem, por exemplo? Pode nem ser dois homens, pode ser um homem e uma mulher, ou duas mulheres, o que seja! O que impede, além do tabu imposto por nem digo quem? Nada, essa é a resposta.

Eu mesma tenho certo tabu quanto a me aproximar de mais de pessoas da minha família, mas tenho plena consciência de que isso é algo possível. E acredito que se houver verdade no sentimento, e se houver sentimento e se as duas partes concordarem com tudo não há mal algum.

Pra ilustrar a causa de toda essa minha indagação, mostro-lhes, senhores, o trailer de um filme brasileiro que não sei se já foi lançado (se não, logo será). Gostei muito da história, o filme parece tratar do assunto de uma forma bem delicada, to loca pra ver!